segunda-feira, 23 de abril de 2012

A Última Vez...

Não preciso fechar os olhos para lembrar o último encontro...
Era tão esperado, tão desejado, eu estava aflita, querendo surpreender...
Você marcou naquele lugar, tão sem nada, mas, tão especial,
Lá estava eu, com uma expressão adolescente, em busca do momento mais marcante, mais decisivo...
Lá estava você, num bar no Centro da Cidade, aparentemente neutro, comum, mais com tanto a desejar...
Te vi ao longe, onde pensei que meus olhos não pudessem te alcançar.
Ali te vi, foi a última vez que sonhei com você!
Nossos olhos se viram e uma rápida paixão (místico de saudade) os envolveram...
Foi paixão o que li em seus olhos, na última vez...
Você, lindo, me enlaçou em seus braços, um abraço terno e tão profundo,
A impressão que tinha, é que não conseguiria mais me afastar dele...
Ficamos sentados, falando besteiras, falando da vida,
De sonhos, desejos secretos,
Sem ao menos saber onde nossos próprios sonhos  dariam!
Nada importava, as horas, as pessoas à nossa volta...
Essas, importavam somente à você. Sua timidez demonstrava,
O rubor de sua face caracterizava!
Te vi assim, lindo, tímido e distraído,
Pela última vez...
O que era tarde, tornou-se noite!
A falta de tempo não nos impediu de praticar o amor, pela última vez...
O melhor amor do mundo,
E a maior saudade também!
Se fechar os olhos agora, posso ouvir sua voz rouca, exigente.
Por isso, te transformei em poesia,
Para perpetuar nosso momento único em muitos...
Cada vez que vier até aqui e num ímpeto de emoção ler as coisas que escrevo,
Hás de reviver cada momento nosso, vivido numa tarde fugida ou numa manhã sem sol...
Há de lembrar vagamente de um tempo feliz, do meu cabelo molhado, das suas mãos, tentando desembaraçar cada fio, isso talvez te faça reviver de alguma forma esse amor perdido...
Sabe amor, eu não te esqueço, por mais que pareça doentio,
Convivo com essa saudade, transformando cada momento  num verso de amor...
Amanhã...
Se eu partir sem dizer adeus,
Leia alto esses versos de amor,
Que te transformam em canções e me transformam em saudade.
Não pense que fui infeliz,
Fiz de um breve momento, minha razão de viver,
Te tornei soneto, verso, prosa e em meus sonhos, fazia morada.
Fui feliz, tendo-te comigo, ombro amigo em todas as horas...
Não importa se vivi sozinha, tinha a recordação por companhia
E nossos eternos momentos de ilusão.
Fui feliz a minha maneira, te transformei em fantasia,
Para acalmar o coração.
Se eu partir, não se lamente, não chore, não sofra!
Não te quero culpado, não te quero remorso.
O amor era meu, então, que morra comigo.
E se um dia desejar uma poesia, olhe para o céu e escolha dele a mais brilhante estrela...
É meu verso de amor que perpetua ainda do céu para onde vou.
E vai te fazer companhia, alegrar seu dia, todo verso de amor,
Que ainda te dou...


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