quinta-feira, 19 de abril de 2012

Não Vou Me Acostumar Com a Saudade!

             Hoje, enquanto conversava com um amigo a respeito de hábitos e costumes que adquirimos no decorrer da vida, como por exemplo: Usar preferencialmente uma cor, ouvir um tipo de musica, ir a determinados lugares, usar um tipo de perfume,  beber determinadas bebidas, e tantas outras coisas, fiquei por alguns segundos calada, quando ele disse que nos acostumávamos a tudo em nossa vida!... Que tudo tornava-se hábito, bom ou mal.
             Pensei, pensei, e disse à ele: "Existe algo o qual não consigo acostumar!" Pensava na saudade... pensava em você.
             Essa saudade que por mais que não se queira, acabamos sentindo e pensando nela. Com carinho, com... saudade!
             A saudade que nos faz chorar sem querer, só de lembrar dos momentos, dos desejos, do que  se fez e do que deixou para fazer depois. Dos momentos em que uma alegria invadia o coração,  só por saber que receberíamos uma mensagem de "bom dia" ou por supormos que do outro lado da tela de um computador, existia alguém que sorria de suas neuras, do nosso jeito atrapalhado... Dos momentos de um encontro, nem tão combinado, no fim da tarde, que acabava onde a inspiração mandasse.
             A saudade as vezes maltrata, zomba de nós e quer ser superior a tantos outros sentimentos, por isso, precisamos nos esquivar, fugir de nossas lembranças, as vezes temos que gritar mais alto e dizer à ela: Sou mais forte! Mesmo destruída por dentro. Conseguimos enganar durante um tempo as pessoas, as coisas, a nós, mais nunca a saudade, pois ela sempre dá um jeito de nos fazer lembrar, seja de um gesto, um sorriso, um olhar, o perfume que nunca senti, a promessa de conhecer um lugar, um abraço, um beijo... Tudo nos faz lembrar!
             Não disse ao meu amigo sobre o que não consigo acostumar... Tive medo de me trair, de falar demais e chorar, porque é assim que a saudade nos deixa: "vulnerável! vítima de nós mesmos..." Então, preferi calar.
              Não vai passar, não vou acostumar. Vou conviver com ela como uma irmã mais velha, que tem tanto a me dizer e para quem tenho tanto à falar.
               São as pequenas coisas que fazem a diferença!
               Será que houve detalhes? Será que deixei saudade?...

       
           

         

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