sexta-feira, 31 de julho de 2015

Amor Incondicional...

















Fico controlando o tempo,
Mudo de posição,
Perco o sono nas intermináveis horas,
Com o telefone na mão...
A todo momento espero,
Uma noticia chegar,
Um oi, um olá, quem sabe?
Algo para me aproximar,
Do tempo que julgava amar,
Sem esperar um retorno,
Porque tudo que precisava,
Se encontrava lá, a meu alcance, diante da minha visão!
Penso em todo momento,
Loucuras planejadas, desfeitas...
Repensadas e refeitas,
Nunca concretizadas,
Somente nos sonhos, sonhadas...
Não fosse a vontade, (pensamentos vãos...)
A desigualdade ou mesmo a solidão,
Algo desejado, almejado e alcançado,
Mas, perdido como um sopro sem ruidos,
De um corpo que cai ao chão!
Não fosse a vontade de te ver agora,
Correria louca, sem pensar nas horas,
Tentaria de novo pelo prazer pulsante,
Sem amor, sem vontade,
Apenas para saciar o ego e driblar a solidão...
Não fosse meu coração querer tanto,
Não fosse o amor que sinto, tão grande,
Arriscaria tentar, buscando assim encontrar,
Meus passos perdidos no chão!
Busco incansável pelo tempo,
Finjo assustada não ver,
Que se para o tempo há remédio,
Nele não encontro você!
Me deixo morrer pouco a pouco,
Pela saudade latente,,
Fingindo ser tão igual,
Num mundo tão diferente...
Um dia pretendo esquecer,
De tudo vivido em um dia, mas,
Por hora, penso em você.
E esse pensamento me faz renascer,
E assim se passa o tempo,
De esperanças sem remédio e sem retorno,
Mas, se na esperança de te ver eu vivo
Na certeza de te perder, eu morro!...


sábado, 4 de julho de 2015

Pobre de Nós!


Pobre de nós que vivemos a vida inteira
Sem entender o que é viver!
Procurando nos mesmos passos,
Um dia compreender
Que viver era tão fácil,
Não sendo necessário perder
A vida para entender.
Pobre de nós que não compreendemos
o verdadeiro sentido do que é ser feliz
E buscamos e na busca nos perdemos
Sem perceber que para ser
Não seria necessário ter,
Mas, aprender a merecer
Cada segundo, cada sorriso,
Cada gesto  e que assim, somente assim,
Chegaríamos ao paraíso!
Pobre de nós que desprezamos,
A mão amiga estendida,
E sem saber nos esquivamos
Da maior oração pela vida,
Que é o abraço apertado
Sem dúvida, a maior acolhida...
Pobre de nós que julgamos,
A embalagem pela capa
O sorriso pelos lábios
E as palavras pela boca,
Não aprendemos assim,
A conhecer reais sentidos,
Quando o lábio não sorri,
A boca calada e cerrada
Dos olhos abertos tranquilos,
São as maiores palavras
Faladas ao coração!
Pobre de nós que perdemos
Grandes proveitos da vida,
Por interpretar a ferida,
Como dor, tórrida, sofrida
Deixada no coração,
Pelas lembranças de uma vida
Tão próxima, tão querida,
Ao ofender uma paixão...
Toda ferida cicatriza,
Toda dor tem sua medida
E todo peso da rejeição,
Serve para criar resistências
E dar forças ao coração!
Pobre de nós seres vivos
Que julgamos ser os únicos
A sofrer ingratidão...
Olha a seu lado essa pedra,
Ela foi lançada ao chão
Mas, já fez parte talvez
De uma linda construção
Que protegeu, abrigou, compactuou
De planos, segredos e incontáveis lições!
Pobre de nós insensatos,
Quando julgamos erros alheios
E não perdoamos uma injuntiça feita...
Sem perceber que ao julgar, injustiçamos
A verdade que pensamos
Das verdades que falamos,
Sem entender, sobretudo,
Todas as verdades que ocultamos!
Pobre de nós, restos humanos,
Que vivemos em função de pouca coisa
Enquanto outras tão mais importamos,
Ignoramos!
Por julgarmos ser maiores do que somos,
Por ver apenas o que se passa em nós,
Por acreditar que somos centros do universo,
Pobre de nós,
Pobre de nós!!!