Aproxime-se!

Aproxime-se!
Venha sem medo e sem pressa...
Não há mal em se chegar,
Perguntar, desejar,
Sem ter hora ou lugar.
Não conte as horas
Esqueça o tempo,
Se faz sol ou se chove lá fora,
Apenas venha,
Sem medo, receio ou qualquer outro sentimento
Que o impulsione a ir embora!
Ou que me deixe querer também te deixar.
Apenas chegue,
Se achegue,
Se acolha em meus braços,
Se ajeite entre as curvas do meu corpo,
Esse corpo que foi seu e ainda arde por você do mesmo jeito...
Não espere mais, apenas venha...
Conte-me um pouco mais de sua história,
Fala-me dos motivos passados
Que te fizeram ir embora
Depois de uma noite vivida
Entre prazer, sonhos e momentos que agora
Já não importam, não mais.
Aproxime-se,
Venha, comece de novo,
Me faça lembrar cada um dos segundos,
Faça reviver em mim tudo que plantou,
Projetou,
Desejou!
Não tenha medo, não vou te prender aqui,
Fique se achar que deve, parta se achar que pode,
Mas, não me deixe sem saber se gostou.
É muito triste acordar sozinha,
Depois de tantas marcas no lençol
Ficar contando nos dedos os minutos,
Que fez tanto bem, quanto agora me faz  mal...
Se afastar, distanciar é só negar-se
De sentir o que o meu prazer te fez,
Não querer por um momento lembrar-se,
Passo a passo onde sua boca percorreu.
Não se aproximar, apenas mostra sua fraqueza,
Em saber que tudo aquilo aconteceu,
Os arrepios (não é vontade que vem à cabeça),
É entender sem palavras que valeu.
Volte um dia, venha agora a qualquer hora,
Se aproxime,
Olha meus olhos,
Não abaixe os seus...
Deixe o tremer das suas mãos
Me dar os sinais de seu corpo,
Me acenda, me esquenta, movimenta,
Não fuja do que é seu,
Nem finja que não é meu!
Se contudo, depois de tudo, decidir ir embora,
Leva contigo essa lagrima
Que molha meu rosto agora
Deixa-me na incerteza se vai mesmo ou se pretende voltar,
Leva com você meu coração, não o deixe aqui sozinho,
Te pedindo pra ficar!