sábado, 1 de agosto de 2015

O Vento...


Uma resposta, palavras ao vento
Que o vento leva pra lugar nenhum,
Em nada acredita, onde esvai um sonho,
Quando ao acordar, um pensamento exponho
Das imagens tardias que ao te ver compus...
Eternidade pode ser momento,
Daqueles não vividos, esquecidos ao tempo,
O que poderia crescer, morre ainda moço
Sem chances de sobrevier, foi abortado...
Das poucas palavras escritas, não faladas,
Ficaram vontades perdidas na estrada.
Se na fragilidade um sentimento cresce,
Nada saberia identificar num verso,
Todas as respostas negadas, escondidas,
Sem um saber, na angustia desmedida,
De ter errado, sem saber bem onde!
Por que não volta, não me diz o que sente?
Pra que criar um pensamento ausente?
Por não tentar, a solidão engole,
O mesmo vinho que se fez vertente!
Foi sonho apenas, ilusão doida,
Por não saber como seria a vida
Quando vivida em momentos a dois.
Foram planos, desses que se perdem,
Quando outros corpos se encontram no caminho,
Por não lutar, se perde aos pouquinhos,
O que podia ser o melhor momento ou a própria vida!
Tornam-se poeiras, soltas pelo vento.
Por que me busca se não deseja encontrar-me?
Por que atar-me nos momentos seus?
Para que dispensar o pensamento que arde,
Sem nem saber,
O que foi meu ou seu?
Não misturamos nomes,
Não trocamos juras,
O pouco que falamos, foram palavras puras,
De sonhos que escorregam pelas mãos.
Mas, se por um instante a saudade insiste,
De momentos não vividos e até palavras tristes,
Volta para saber o que restou.
Pode ser que no momento da jornada,
Onde se pensava que isso tudo não daria em nada,
Encontre o motivo eternizado,
Das palavras caladas, sussurradas
De tudo que ainda há de vir!
Pode ser que meu momento seja agora,
Pode ser que seu momento também seja,
Quem sabe, ao final dessa jornada,
Não descubra todo bem que a vida esconde,
Num abraço ou até num beijo?
Se for assim, não se despeça ainda...
Pode ser cedo para uma despedida,
Porque se for, vais partir sozinho
E que proveito terá tirado dessa tentativa?
Venha ainda que seja breve,
Procure saber quem eu sou,
E se no futuro sentir saudades,
Vai perceber que ali existia vontade,
De ficar de onde o vento o tirou!

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