sexta-feira, 13 de julho de 2012

Soneto Primeiro...




Esse que hoje se esquiva de meus braços alheio,
Olhos perdidos de que aos poucos me farto,
Ontem, foi o homem ideal que eu procurava,
Que enchia meus sonhos de voraz segredos.

Esse que tanto julguei ter tanto carinho sincero,
E hoje não preenche mais minhas noites vazias,
Simboliza o homem que a gente sempre espera,
Mais que chega e se vai, como fantasia.

Não te quero trancado numa tela,
Te quero livre e descobri no instante que me amavas,
Mas, o que esperar de sórdidas mentiras
Que se misturavam com promessas inacabadas?

Fui fiel à todos os princípios, sem exigir, só falei o que sentia,
Como saber que a mesma boca que beijava,
Era aquela também que me mentia?

Me tornou mulher, me descobriu
E me deixou sem capa, exposta ao tempo,
Afinal, como saber na noite fria,
Que o amor, que tanta vida me mostrava,
Era ele mesmo que o mataria?

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