sábado, 8 de março de 2014

Carta a um Ausente!



Nada almejo,
Além da vontade esquecida,
Dos beijos molhados,
Dos momentos cercados de paixão e calor...
Nada quero,
Além das lembranças que vem e vão,
Como ar nos pulmões, mar revolto ou multidões...
Nada desejo,
Além do seu corpo, seu cheiro, seu jeito...
Nada espero,
Além da cama desfeita,
Da alma refeita
Da saudade compensada...
De nada preciso
Além de você aqui!
Do seu sorriso criança,
De nossas grandes lembranças...
De nada sinto falta,
Além do seu olhar a procura do meu!
Até quando a distancia pode apagar a esperança?
Até quando a ausência pode desmarcar sua presença?
Nada aqui é igual,
Olho seu reflexo que meu pensamento trás,
E de nada sinto falta,
Além de mim mesma, sem você!
Não fujo da vida
Mais  fujo de mim!
Estou vazia, oca aqui dentro,
Tudo se foi depois de partir!
Mas, se me perguntar,
Nada hei de sentir
Além do desejo incontido,
Do beijo roubado,
Da cama desfeita,
Da vontade refeita
Da saudade latente
Do pensamento indecente
Que teima em chegar!
Do sorriso negado,
Do abraço apertado,
Da poesia rasgada,
Nossa alma lavada de tanto se dar!
De nada sinto falta,
Mas, se me perguntar,
Vou te contar a verdade
Presa há tempo em meu peito,
Sinto muito a sua falta, mas,
Nada almejo,
Nada quero
Nada desejo
Nada espero...




2 comentários:

  1. Sua poesia é doce e ardente, nascente e poente.
    Sol e ardor, chuva e amor!
    Paixão e lampejo, ternura e desejo
    Fantastica ★☆★☆★

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