Liberdade!

Se eu não tivesse a liberdade que tenho, de falar as coisas que falo, de viver a vida que vivo, de sorrir o riso que gosto, eu seria triste!
Se não desse a você a liberdade que dou, de fazer aquilo que gosta, de rir o riso que ri, serias triste!
Temos o que precisamos, somos o que somos, por isso somos!
Se não fosse a saudade incômoda, a dor da ausência que por vezes dói, tudo seria perfeito...
Se vivesse aqui comigo o tempo todo, será que eu sentiria tudo que sinto?
Liberdade... palavra simples, espontânea e no entanto, com tanta diferença!
Por ela, muitos foram e muitos ainda vivem...
Por muito querer a liberdade alguns são aprisionados, por não entendê-la, muitos fogem,,,
Eu a tenho e por vezes, não sei o que fazer com ela!
Queria sempre estar liberta como estou agora, em seus braços, querendo prender-me a você, compulsivamente,
Querendo te sentir preso a mim, como sinto,
Prendendo-te, soltando-te,
Te querendo e libertando involuntariamente,
Como um brinquedo, um objeto!
Estar liberta em teus braços, é estar presa continuamente por vontade própria...
Os segundos se passam frente aos olhos e nem percebo quanta diferença faz, conto os milésimos como migalhas jogadas ao chão, que fazem toda diferença ao pássaro faminto!
Como te desejo aqui, livre em meus braços, preso em minha cama, plácido, lúdico, afásico,  meu...
Me aprisione, não demore, guarda-me dentro de ti, como te mantenho em mim...
Viva de mim, para mim, continue assim, não pare...
Deixa-me delirar por momentos de carinho, deixa-me viver os segundos de amor, que se tornam horas, eternidades sentidas.
Deixa-me desfalecer de cansaço em teus braços e acordar sedenta de paixão!
Amo-te como quem ama o mar, que apesar da longevidade e de sua profundeza, se deixa levar...
Venha e liberta-me da saudade, livra-me da insônia, cuida de mim...
Faz agora toda promessa  refeita, me torna tua, porque és meu,
Te quero puro e simplesmente como vejo o dia e depois a noite,
Se não fossemos livres, não estaríamos presos, como estamos...
Não conheço liberdade maior que a que sinto,  presa em teus braços,
Solta em tua cama, unida a tua alma,
Refém do seu coração!
Liberdade...
Tantos desejam e por você, eu a desprezo...