terça-feira, 9 de abril de 2013

Quem Sabe um Dia...



Nem sei por quanto tempo fiquei ali parada, inerte, imóvel...
As mãos tremulas, os olhos em pranto, já nem choravam!
Sua ausência já não doía, mas sim a incredulidade.
Vi em seus olhos a dúvida e nenhuma dor foi maior.
Descobri num breve momento que nada é pior que a incerteza,
Que nenhuma arma fere mais que as palavras.
Que o amor fica frágil e é capaz de morrer!
Vi o mundo ruindo a minha volta, escutei o barulho que fazia
E o medo... Sentimento cruel, se sentiu meu dono.
Meus olhos já não viam, os lábios estavam secos e deles nenhuma palavra brotava,
Na cabeça, a voz dizia: Sai daí, foge para longe e não retorne mais.
No entanto, as pernas já não obedeciam!
O vazio era tão grande e a vontade era maior, correr pra você, fugir de você...
A solidão, agora companheira relembrava: Foi bom o tempo passado,
Agora é recomeçar...
De onde? Como?
Fiz da sua vida minha vida e de sua história meu enredo,
Para onde retornar depois de sair de seus braços? Como conseguir me equilibrar?...
De repente, o silêncio...
Um breve silêncio antes de te olhar
E te ver ali sentado, inerte
Percebi que nada mudara, tudo era igual...
Só eu não existia.
Fui sonho, ilusão?
Por quem choravam seus olhos?...
Por que não me vê se te sinto tão perto?
Agora compreendo, não foi você quem me deixou,
Eu morri por você!
Agora entendi, então te peço: Viva! Não se deixe ferir, um dia, vamos nos ver...
Em algum ponto da eternidade e por fim, vou ter você e nunca mais te perder...

Inspirado por um sonho...

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