Não sei ser metade, sou intensidade... Então não me cobre sensatez,
Se com você, começaria tudo outra vez!
Por isso extrapolo, vez por outra.
Não tenho filtro e pode até ser errado,
Por isso falo tudo que penso, sem pesar as consequências.
Troco pés pelas mãos e falo sem receios,
Envergonho-me às vezes se releio,
Mas, nunca me arrependo de escrever...
Desculpe meu jeito desmedido, minha falta de prudência,
Me desculpe ser verdadeira e tão autêntica,
Quando deveria esconder um pouquinho mais de mim,
Desculpe ter deixado isso tudo crescer, sem saber se deveria,
Desculpe não te esconder toda dor que minha alma sentia!
Deveria te prender, mais te liberto,
Deveria ser bem mais ausente,
Talvez assim, te trouxesse para mais perto, se me mantivesse afastada!
Desculpe pelos erros inconsequentes, de uma cabeça não mais adolescente...
Desculpe as palavras e os enganos,
Falhas comuns, se afinal, te amo!
Mas, não me desculpe pela saudade que sinto,
Pois se afinal, não foi por opção ou escolha,
Tudo que tenho neste coração que bate.
A saudade que nos afasta e nos mantém distantes
É a mesma que nos acolhe e nos aproxima,
Não foi criada por mim, por isso, não me desculpe,
Se num momento impensado dessa vida,
Foi plantada por você, neste coração vazio
Que insiste pensar em viver, enquanto morre a cada batida,
Cada vez que tenta sobreviver das migalhas de tudo que deixou de ser.
Não me desculpe pelos gestos, pelas lágrimas,
Pois delas não sou responsável, quando enfim, nasce a cada momento
Que de você tento fugir me aproximando inconsciente!
Sou inconsequente, descuidada e distraída,
Mas, não me desculpo por isso,
Porque não posso pagar pelo que afirmo que sou.
Assim como tudo que é plantado precisa de ar, água e adubo para crescer,
A saudade, a vontade e o amor precisam de você para viver.
Não me Desculpe se pelo teu descuido, o fez morrer
