Enquanto ouço uma musica relembro fatos, palavras que tiveram tanto sentido um dia...
As lágrimas distorcem as imagens, embaçando meu velho óculos. Quase não posso ver, mais, o quê?
Não há mais nada a ser visto...
O que era pra ser, passou, virou fantasia
O desejo velado tornou-se ilusão.
O poeta não ama, ele vive para fazer o amor. Mais pra ele o amor é vetado!
Por que o medo?
É que no fundo, bem lá dentro da alma, já se sabia que amaria sozinha um dia.
O medo, era na verdade sua única defesa, que agora indefesa, segue sozinha, amargando algo que virou fé.
Nunca se acorda um gigante se não puder alimenta-lo, ou então ele te devora sem piedade.
Há razão para o silêncio?
É inocência, imaturidade, infantilidade essa ausência?
Ou devo chamar de fuga por algo que não se podia sustentar, que deu asas e cresceu.
Fugir foi a única solução para manter afastado de si um sentimento tão nobre.
Acreditar que "assim foi melhor..." não justificam atitudes de desprezo, só alivia o próprio coração.
O pior, não é estar sozinho,
É mascarar uma fraqueza infantil do que não se podia manter.
Amar é fácil, quando esquecer é preciso!
Basta negar-se de si, basta esquecer sua essência e ser feliz.
Mais não vou esquecer desse amor, nem que seja para transformá-lo em companhia quando a vida me tirar o ar. Vou olhar um pouco mais para o lado, ver outras coisas, reinventar o prazer.
Vou viver!
E quanto a ele, que seja feliz. Amanhã tudo será lenda e peço à Deus que nunca se arrependa. Será tarde demais...